Tendência slow travel: viajando sem pressa
Viajar é uma das formas mais legais e ricas de aprender sobre o mundo, conhecer novas culturas e viver experiências que ficam na memória. Mas, com a correria do dia a dia, agendas apertadas e a pressão de mostrar tudo nas redes sociais, muita gente acaba fazendo viagens rápidas e cansativas, onde o foco é ver o máximo possível em pouco tempo. Esse tipo de viagem nem sempre permite aproveitar de verdade os lugares. É aí que entra uma nova maneira de viajar, cada vez mais popular: o slow travel. Em português, significa "viagem lenta". Mas não é só andar devagar — é um jeito diferente de viver a viagem, com mais calma, atenção, presença e conexão.
6/16/2025


O que é slow travel?
O slow travel faz parte de uma ideia maior chamada slow movement, que propõe um estilo de vida mais tranquilo e com menos pressa. Essa filosofia surgiu como uma resposta ao ritmo acelerado da vida moderna, onde tudo parece urgente. Quando a gente aplica essa ideia às viagens, o objetivo é aproveitar melhor cada lugar, em vez de correr para ver tudo o mais rápido possível.
Quem viaja no estilo slow travel costuma:
Ficar mais tempo em um mesmo lugar, conhecendo melhor a cidade, suas paisagens e as pessoas que vivem lá
Dar mais valor à experiência do que à quantidade de pontos turísticos visitados
Conversar com moradores, aprender sobre a cultura local e participar da rotina do destino
Escolher formas de transporte que agridam menos o meio ambiente e que permitam observar melhor o caminho
Prestar atenção aos detalhes do dia a dia e aproveitar o momento com calma, sem tanta preocupação com fotos ou horários apertados
Por que o slow travel está na moda?
Cada vez mais pessoas estão cansadas de viagens cheias de correria, filas em atrações turísticas, deslocamentos longos e pouco tempo para realmente viver os lugares. Depois da pandemia, o valor do tempo, da saúde mental e do bem-estar ficou ainda mais evidente. O slow travel se tornou uma opção para quem busca equilíbrio, qualidade de vida e uma forma mais consciente de explorar o mundo.
Além disso, o crescimento do trabalho remoto, dos nômades digitais e da economia criativa abriu a possibilidade de ficar mais tempo em um destino, trabalhando de lá e aproveitando com mais calma. O slow travel também está ligado a um turismo mais responsável, que se preocupa com o meio ambiente e com o impacto cultural nas comunidades locais.
Como colocar o slow travel em prática
Escolha poucos destinos e fique mais tempo
Ao invés de tentar visitar várias cidades em poucos dias, escolha uma ou duas e passe mais tempo em cada uma. Assim, você pode caminhar sem pressa, fazer amizades, explorar os bairros com mais profundidade e descobrir lugares que não aparecem nos guias turísticos.
Use meios de transporte mais sustentáveis e tranquilos
Sempre que possível, opte por caminhar, pedalar, usar transporte público ou viajar de trem. Esses meios são mais sustentáveis, geralmente mais baratos e te colocam em contato direto com o ambiente local. Você vai observar paisagens, perceber hábitos dos moradores e ter experiências únicas.
Visite lugares menos turísticos e explore o cotidiano
Além dos pontos famosos, reserve tempo para conhecer os lugares onde os moradores vão no dia a dia. Feiras de rua, bibliotecas, praças, cafés de bairro e lojinhas escondidas têm muito a oferecer. Essas visitas mostram o lado mais verdadeiro de uma cidade ou vila.
Compre e consuma localmente
Apoiar o comércio local é uma das partes mais importantes do slow travel. Escolha comer em restaurantes familiares, comprar artesanato feito à mão, experimentar comidas típicas em feirinhas e se hospedar em pousadas simples, mas acolhedoras. Isso torna a viagem mais rica e ainda ajuda a comunidade.
Deixe espaço para o improviso e para o tédio produtivo
Nem tudo precisa estar no roteiro. Deixar alguns momentos livres ajuda você a descobrir surpresas, como um show de rua, uma conversa inesperada ou um mirante incrível. E se bater um tédio? Aproveite para descansar, refletir e observar. É nesses momentos que a criatividade e a conexão aparecem.
Curta o momento com todos os sentidos
Durante a viagem, tente se desconectar um pouco das redes sociais e dos registros constantes. Use os olhos, ouvidos, nariz, pele e paladar para sentir o lugar onde está. Observe as cores, escute os sons, sinta os aromas e sabores. Estar presente é o principal segredo para uma viagem marcante.
Lugares legais para praticar o slow travel
Paraty (RJ): cidade histórica com ruas de pedra, mar calmo, trilhas na mata e muita cultura
Chapada Diamantina (BA): região cheia de natureza, trilhas, cachoeiras e vilarejos acolhedores
Lisboa (Portugal): cidade charmosa para caminhar, descobrir cantinhos escondidos, ouvir fado e experimentar doces típicos
Kyoto (Japão): mistura tradição e modernidade, com templos silenciosos, jardins e rituais locais
La Provence (França): vilarejos antigos, mercados ao ar livre e campos de lavanda convidam ao ritmo lento
Ouro Preto (MG): patrimônio histórico do Brasil, com igrejas barrocas, ladeiras de pedra e um clima de cidade pequena
Vantagens do slow travel
Menos estresse e mais tranquilidade durante a viagem
Economia de dinheiro ao evitar muitos deslocamentos e atrações caras
Redução do impacto ambiental causado pelo turismo em massa
Experiências mais profundas, memoráveis e emocionantes
Conexão maior com as pessoas e com a cultura do local
Desenvolvimento da paciência, da empatia e da escuta
Tempo para descansar de verdade e se reconectar com o que é essencial
Viajar sem pressa, no estilo slow travel, é muito mais do que escolher andar devagar. É escolher viver a viagem com presença, curiosidade e respeito. Em vez de correr para ver tudo, você aprende a enxergar mais com menos. Em um mundo que vive acelerado, parar, observar e viver com calma é quase um ato de resistência. Que tal fazer sua próxima viagem com esse novo olhar?
